quinta-feira, 25 de abril de 2013

O Grito.

Como se grita no silencio?
Sufoca se fala.
Não sabe falar, precisa gritar.
Grito com minhas mãos delineando uma poesia, um desenho, um carinho.
Grito com meu corpo em uma sequencia de passos
em compassos contemporâneos.
Grito com minhas lagrimas, se elas vierem.
Grito com um sorriso feliz ou desesperado, se ele não se esconder.
Grito com meus olhos, grito com minha respiração
...
E se nem em uma canção eu souber gritar
...
Abro a boca
Aprendo, com a voz...
Grito.
Porque apatia não é um silencio, é uma covardia de gritar.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Cais.

"...Olhando pra mim, abriu os Seus braços e me chamou.... Vem... Misericórdia, Graça e um cálice de amor, estão na minha mesa antes do sol se por..." 

-Palavrantiga


Andava eu a navegar
Pensava eu que andava
No mar, eu cambaleava
Não que não goste da tempestade
Não que não goste da calmaria
Nas duas se tira sabedoria

Mas então...
O que há?
O que não há?
...
Cais
...
Uma ancora escarlate me uniu ao cais
Se prendeu a mim dizendo "Não sairei jamais!"
Me deixa ir mar a dentro
Na calmaria ou na tempestade
Porém de tardinha me leva ao cais

Cais sempre de braços abertos
Encontrei o meu lugar.





Quiçá.


Guardo por ti, uma ternura pra mim
sem porque, enche o meu coração
se expande num sorriso
inunda meus olhos
embala meu sono
vai ver mesmo minha ternura goste de você
e saia por ai se amostrando 
te esperando.