domingo, 29 de agosto de 2010

Melancolia'

Expulsei a melancolia de meus versos, e eles desapareceram subtamente.

Words that I can't say.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Dualidade'


''Sweet berries ready for two
Ghosts are no different than you
Ghosts are now waiting for you
Are you?
...
Do we, do we know
When we fly?
When we, when we go
Do we die?''

-SOAD


Envenenada está a minha alma
de tortuosos sentimentos
beiro o muro ao caminho
em meio aos sonhos nossos

Deito-me embreagando o ar
lanço meus braços, esperando o frio
escolho pra sempre voar
antes que finde tudo, vazio

Prendo-me ao presente
espero o futuro, relembro o passado
escuro aos meus olhos já está o ato
dualidade, o certo e o errado

Entregue estou aos efeitos
do veneno degustado
caem as cortinas
fecha-se o teatro.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Inesperada Espera'

''Longe de você eu enlouqueço muito mais
Eu vivo na espera de poder viver a vida com você
Vejo pessoas sem saberem pra onde o mundo vai
Eu conto as horas para estar com você
...
Quando eu te vejo eu começo a sorrir
Eu começo a sorrir''
                   -Charlie Brown Jr.
 
 
   Passaram-se 4 anos.
  O humor continuou o mesmo, os interesses.. Guardados a sete-chaves, nostalgia, rir dos erros, as chaves começaram a ser usadas e os segredos a saltarem atingindo em cheio aquele antigo ponto fraco, era inevitavel, conhecidos tão desconhecidos querendo por fim conhecer o que era aquilo, algo novo e velho, ardente e sóbrio, impossivel de ser ignorado.
  A cidade cinza tinha um brilho diferente aquela manhã, o sol, os prédios imensos, pareciam tão pequenos perto daquela garota com a esperança maior que o mundo.
  As ruas formavam labirintos e ela tropeçava em seus próprios pés, porém seu coração a fazia dançar e levantar, ele já estava lá.
  Finalmente, à somente um farol de distancia, porém, os olhos não esperam o verde e se cruzam antes, ela suspirou, atravessou a rua e ele já estava dando passos em sua direção, os carros passavam enlouquecidamente, buzinavam, toda a cidade antes agitada agora sumia alí, debaixo dos pés dela, enquanto ele a tomava em seus braços firmemente provando pra sí que era real, e depois de muito tempo de prantos ela sentiu algo crescendo dentro de sí, veio da alma e iluminou-a instantaneamente um tão esperado sorriso, ele estava alí com ela, inesperadamente e esperado, as palavras demoraram a vir vingando-se do tanto que tiveram que esperar, afinal lhes era justo, os lábios então resolveram se juntar e fazer greve com as palavras, afinal esperaram igual.
  O dia correu, ela pensou que deveria também estar intrigado com eles e com tanta espera, mesmo que rápido aos olhos deles não ousou roubar nenhum segundo de lembrança.
  A dança não saíria tão cedo dos pés dela, nem o sorriso, nem a esperança, e menos ainda a vontade de o esperar, a dificuldade se dissolvia perto da imensidão do que ele havia dado a ela, não apenas sorrisos, mas ele tinha desenterrado de dentro dela a alegria, definitivamente valeria a pena. 

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

'

23 de Agosto de 1782, Northampton.



Meu caro S.


  Poderia começar escrevendo essa carta dizendo o quanto aqui é belo, mas a verdade é que não pude contemplar nada ao meu redor, mantenho-me de olhos fechados pois assim tenho tua face diante de mim e a dor da saudade expira quase que por um segundo, porém a ausencia de teu cheiro a acentua.
  A falta de sua pele e seu calor faz-me plácida, meus olhos tão somente, quando abertos liberam faíscas de lembranças em cada pulsar tornando-me viva.
 Não sei se retornarei, nem aonde meus trôpegos passos de criança me levarão, vou para onde minha mente infinda me encaminhar, viverei, pois um dia em mim fora injetado o amor e agora, mesmo pós fim o guardo com todas as memórias em minha alma, demonstro isso em meus sorrisos, eles me aquecem, pois foi contigo que aprendi a sorrir.
  Por vezes me exponho ao sol, deito ao chão e jogo meus braços ao vento, brinco que o abraço, dançamos, brigamos, rolamos, te sinto em cada parte de meu corpo e lembro-me de quando fazia frio, me embolava em teu corpo quente e eramos crianças, somos jovens e enquanto mantermos um ao outro vivo, seremos pra sempre e felizes.
  Amo-te, beijos.
                            L.