quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

O dom, a razão





De sonhos de veludo um belo dia acordei e viví

De belas melodias fiz meus passos
De cantos extraordinários criei meus dias
De um amor impossivel colorí meu chão
De braços abertos me permiti viver
De juízos fiz barreiras
De perdão fiz pontes
De imperfeições fiz flagelação


Dancei, cantei
esqueci como se anda, tanto que flutuei


O contato com a perfeição arruína o simples
outras bocas criam a duvida
o veludo se desgasta
a magoa destrói pontes e barreiras

De pedras brutas um belo dia acordei e viví.

             Eclipse
     
    Tudo que você toca
    Tudo que você vê
    Tudo que você prova
    Tudo que você sente
    Tudo que você ama
    Tudo que você odeia
    Tudo que você suspeita
    Tudo que você protege
    Tudo que você dá
    Tudo que você negocia
    Tudo que você compra
    Implore, empreste ou roube
    Tudo que você cria
    Tudo que você destrói
    Tudo que você faz
    Tudo que você diz
    Tudo que você come
    Todo mundo que você encontra
    Tudo que você despreza
    Todo mundo com quem você briga
    Tudo que é agora
    Tudo que já passou
    Tudo que está por vir
    E tudo sob o sol está em perfeita sintonia
    Mas o sol é encoberto pela lua



terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Ismália Is me


'Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.
No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar
E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar
Estava perto do céu,
Estava longe do mar
E como um anjo pendeu
As asas para voar
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar
As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar'

-Alphonsus de Guimarães


Procure a Lua e nunca a acharas
Achará somente uma pista sua
Um lado da face
o qual você acredita, pois vê
Acredite nos sentimentos
que enxergam o invisivel
e assim a Lua verdadeira

terá realmente em seus olhos.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

dedicado.

Não vou mais reconquistar
ou tentar perdoar suas marcas de machado que dilaceram a minha alma
Sua lamina constituída de mentiras e ilusões
O que eu poderia esperar de alguém que auto-flagéla seu corpo?
Alguém que tira seus curativos pra ter a dor de diariamenta se ferir?
Ingenuidade e esperança, desta vez tive que mata-las
Pra poder conviver com seus braços frios revestidos pela falsidade
de sorrir, de escrever e de pensar mas nunca agir.

para: Julia Capassi

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Capítulo V- Chuva, Verbo e sonhos

Nasce subitamente uma tempestade, as arvores mexem-se como carruagem de nuvens cheias, minha desproteção assusta, é aí que a falta de visão se prende e aperta, minha linha consegue controlar esse aperto antes que me estrangule.



Assim que as gotas lacrimejantes de chuva tocam-me sinto um frescor delicado, lava meu corpo cansado, lava os meus pés, limpando as feridas agora superadas e quase saradas, tira o vermelho de minha vestimenta dando uma divina cor de chuva.


Sonho com as cores refletidas, sonho com as gotas como prismas cristalinos sob a luz solar fraca, o arco-íris cintilante adornando-me a pele, luzindo com a mais bela natureza todo milímetro a que revela.


Como choro, caí à chuva, choro que se impossibilita para mim, choro que se prendeu tanto em minha vontade, passando ao redor e derredor à vontade de ser os meus olhos.


O alívio se perpetua como chave que abre as comportas de tudo que pesava em mim.


Até então só a solidão -parte- lateja em mim contrastando em mediano com esse novo bem estar.


Uma canção transforma-me, fazendo dançar o solo, as nuvens, as folhas, o inverno.


Ela canta uma letra que considero intima, saindo de minha linha até a garganta, a canção transforma a chuva em neve, que agora me faz sorrir, é o verbo manifesto.

Capítulo IV- Clamor e Espera



Ser previsível está totalmente longe de participar de minha oscilante vida, meu alguém considerado ainda que não conhecido deixa-me a cada instante perceber sua presença.



Por minha vez deveria temer e deixar o pavor sucumbir-me o espírito mas minha linha trás a paz que necessito, e essa presença não me apavora.


Não tê-la de vez, logo, sem precisar da duvida me causa desconforto gerando dentro de mim um clamor inexprimível o qual espero verdadeiramente obter resposta.


Um conforto, que possa tirar de mim os pesares e ajude com que eu continue, que desate minhas mãos, que liberte meus olhos, a necessidade da presença é cada vez que percebida mais intensa em mim.


Restando-me somente o esperar.


Mesmo que o clamor chame, sinto-me com a boca tapada pela demora.


Porém tempo, tenho em abundância.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Capítulo III- Considerando um alguém

Não é mais valido apertar os braços e firmar as pernas, desamparada estou, gélida da cabeça aos pés encontro-me, todo pavor e desespero se esvaí de minha consciência já, depois de muito, encontrada.


Uma calma traiçoeira infiltrou-se sem mais, parecendo até congelar minhas veias e por conseguinte, meu sangue, endurecendo até os ossos.

Pelo contrário que toda minha vontade desejaria estou mais viva do que o esperado, já me perdi em emoções minhas e apaguei com o cansaço todo meu raciocínio.

Mas a força da linha de luz e sangue não me abandonou de alguma forma, me dando forças pra não desanimar de manter a consciência.

Solidão, companheira fiel, arrancaram dela uma linha e costuraram meus olhos, descobri isso quando percebi que ela já fazia parte de mim, não em qualquer parte, mas muito, muito perto da mente.

O inverno chegou e custa a passar, o vento dele varre de mim a esperança, varre de mim expressões, varre de mim equilíbrio, mas me mantém a tortuosa e traiçoeira calma.

Em meio a tudo isso, sinto minha primavera viva por dentro, pulsando de dentro das linhas que me sustentam, me florescendo internamente e criando raízes fortes que chegam a doer fisicamente em mim.

O que se pode considerar como um alguém?

O que te impede de estar só.

Bem, então em meio a tudo isto considero cinco companhias leais, e uma que não é fixa, é uma variável que pode ser muitas mas faz parte de todas.

Minha linha, meu sustento.

Corvos, o escarnecer.

A solidão, parte agregada.

Primavera, o meu verdadeiro eu que primeiro busca se fortalecer por dentro.

O inverno, que mesmo com essa demora certamente se irá levando com si o frio, o vento e todas suas companhias e seus braços.

E uma surpresa, algo o qual nunca fora contado nem esperado, mas muito dentro de mim sempre desejado.

É certamente o alguém considerado.

Capítulo II- Rio Semprincípios


Toda dor e medo que não poder estar no controle faz parte de um fator ‘causa-conseqüência’ plantado e colhido por atos.


Envergonho-me por inteira dos maus dias meus, onde a vida decorrente levava-me solta pela correnteza e o mais proveitoso era relaxar meu corpo e mente, me soltar e deixar ir por onde as águas quisessem no rio ‘Semprincípios’ -onde os bons dias só acontecem superficialmente então de fato, não acontecem- de olhos fechados opcionalmente, boiando pelo caminho perene, fui vitima inocente e fui culpada, entorpeci meu sentir e meu raciocinar.

Fui roubada, presa e atada de corpo todo, um pouco por esquecer de meu eu, esquecer de lutar e quão valoroso é valer a pena tudo que busquei.

O desespero tomou minhas veias, meu coração, minha pele, sinto-o exalando por minha cutânea, num processo totalmente inflamável e perigoso, apego-me a ele, que agora é o que de mais próximo e intenso posso encontrar.

Faladores e fazedores vivem nesse mundo, o qual não por espontaneidade no começo me excluí, mas que agora decido me apartar e ser o Pensar, pensar livra-te dos atos inescrupulosos e inconseqüentes, já pode muitas vezes tirar-te o viver.

Perder algo de muita valia conscientemente é um erro cuja culpa não sou capaz de deixar ilícita e esquecer, perder os princípios, perder a vida...

O fato é que meu fim é incerto, com todas as nuances que isto compõe.

Essa sinfonia de harmonia imprevisível e desconhecida, preciso lutar pela consciência o que não se é tão difícil quanto o árduo cansaço de encontrá-la.

Capítulo I- Adoração Atemporal



Procuro onde haja algum feixe de luz nesta floresta sombria, onde o frio perturbante quer envolver e sugar de mim o espírito e a vida, foram colocadas escamas em meus olhos, mas mesmo que tentativas árduas de pecados quisessem afundar-me no vazio um fio de luz não pôde ser apagado, frio este que liga minha mente ao âmago e ali se trança e funde a outro fio, um fio de sangue escarlate, esse unindo âmago ao verbo.



Enquanto corvos rodeiam esperando que a morte transforme toda minha existência em carniça, bica minha pele, flagelando todo corpo, minhas vestimentas são um misto de sangue seco revestido de sangue novo, ainda pulsante. A dor física não me altera os sentidos comparada aos gemidos estridentes que aos prantos, arfando e explodindo meu peito e tendões saem rasgando meu espírito.


Se ao me mover não houvesse espinhos e meus olhos estivessem descosturados eu correria, se a lama e as rochas que me fincam a este solo deixassem, eu voaria; Tenho somente a minha voz, coração contrito e um sobrevivente fôlego; Armas que preciso usufruir com força e concentração mas constato que minh'alma está por demais aflita e não consegue reunir gritos separados formando um só clamor.


Tudo ao redor escarnece e zomba a me ver assim, cospem por cima de minhas lágrimas e praguejam ver ambiciosamente o desfalecer de meu ser.


Quando essa junção de fios de luz e sangue parece ceder, e as aflições tocam com a sombra mais do que a pele, surge uma canção que será cantada detalhando cada marcação de tempo, e alternância de compasso, envoltos em um drama necessário, já que inspirar outros sentidos a serem olhos é vital quando não se tem outra saída.

Prefácio

‘Eu não posso ver, mas sinto’



E se nem o ver e o sentir mais existir?


Quando depois de tanto procurar você encontra seu maior inimigo e descobre que ele pode estar em você.

Corvos, canções, dor, medo, alegria, sonho, fios, primavera, sensações, consciência, sangue, princípios, vida, prisão.


...Surge uma canção que será cantada detalhando cada marcação de tempo, e alternância de compasso, envoltos em um drama necessário, já que inspirar outros sentidos a serem olhos é vital quando não se tem outra saída.

sábado, 17 de outubro de 2009

ascenção




O seu amor é como balsamo 
percorre pelo meu corpo 
desinflamando toda ferida 
tirando as impurezas que um dia me perturbaram livrando-me de todo pesadelo 
e fazendo que eu viva num sonho contínuo 
seu abraço tira de mim toda dor 
tapa todo buraco que tenho em meu peito 
você me faz regenerar, 
criar vida, 
respirar 
não posso mais viver sem ti 
sem me sentir completa, 
sem te amar 
se eu sou a sua lua, venha ser o meu mar 
para que possamos sentir saudades durante o dia 
e a noite nos encontrar 
que sua imagem seja sempre refletida em mim 
e olhando nos seus olhos 
eu possa, todavia me ver 
sentir a melodia da sua pulsação 
e viver de noites sem fim.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

incondicional

 
Nunca imaginei que poderia me sentir assim
como nunca tivesse visto o céu antes;
Quero desaparecer dentro do seu beijo
todo dia te amo mais e mais;

Ouça meu coração, você pode o ouvir cantar?
Diga-me para dar-te tudo,
as estações podem mudar, inverno à primavera;
Mas eu te amo até o último momento

Aconteça o que acontecer,
haja o que houver,
amarei você até o dia da minha morte

De repente o mundo parece um lugar perfeito

ele se move como uma graça perfeita
De repente minha vida não parece ter sido um desperdício
tudo gira em torno de você

Não há montanha tão alta,
não rio tão profundo;

Cantando essa música, estarei ao seu lado;
Tempestades podem se formar
eestrelas podem colidir,
Mas eu te amo até meu último momento.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

tsunami

Idéias chegam até à mim como um abraço farto de quem guarda a muito a saudade

correm, como quem sente saudade de sentir saudade
estática, me encontro psicodélicamente presta em uma tsunami de brancos
sento para escrever, e ao invés de a onda findar,
decide retroceder

outra vez, numa calmaria,

para me tentar, em frações de tempo

seduz-me a mente as idéias da saudade
que guarda muito, e se vai antes de expressar.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

dois rios


'E o meu lugar é esse, ao lado seu, meu corpo inteiro;
Dou o meu lugar pois o seu lugar é o meu amor primeiro;
O dia e a noite,
as quatro estações;

Que os braços sentem,
e os olhos vêem
eos lábios sejam
dois rios inteiros

sem direção'

all the same




Eu não me importo de onde você vem, desde que você venha até mim;
Eu não gosto de ilusões, não posso vê-las claramente;
Não me importo, não ousaria corrigir o errado em você;

Eu não me importo, não ligo,
desde que você esteja aqui;

Diga-me que você partirá novamente
e simplesmente voltará correndo,
segurando o coração com cicatrizes na mão;
É sempre a mesma coisa,
e eu te aceitarei pelo que você é se você me aceitar por tudo;
Faça isso tudo de novo, é sempre a mesma coisa;

Horas deslizam e os dias passam até você decidir vir,
e nesse meio tempo sempre parece demorado;

Eu tenho a habilidade, sim, eu tenho a vontade
de respirar você enquanto eu posso;
O tempo que você ficar é tudo o que eu sou;

Errado ou certo, preto ou branco,
se eu fechar meus olhos, é a mesma coisa;
Na vida o acordo, eu fecho meus olhos
e é a mesma coisa;



quinta-feira, 24 de setembro de 2009

braços abertos


''Seus braços abertos
ignoram minha ingratidão.''

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

expectativas

Sonhe, acredite, espere, troque o peso das pernas, se sente, encoste, olhe as mãos, as unhas, enrole mechas do cabelo, leia, repare em cada milímetro a sua volta, filosofe os porquês, se deite olhando o céu, troque de lado, pense em alguém, resgate lembranças, reviva momentos em sua mente, crie memórias, lute com o sono, deixe-o ganhar do tédio, descanse da realidade, durma, Sonhe.


'' Todos os dias quando acordo, não tenho mais o tempo que passou...'
-L.Urbana

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Cinza



Meus dias são cinzas, como o tempo em uma bela harmonia hoje está representado. Cinza, como a junção de cores básicas e fundamentais, mas mesmo assim, por sí, posto de lado.
Alguns gostam de cinza, sem 'porque', já outros não gostam, acham sem graça, uma cor definida como vazia.
Afinal, o que você é internamente não reflete externamente?
Cinza sou eu, eu sou cinza; um monótono, vago, e de interpretação complexa.
Poderia eu, ser de cor vivída e saturada, ou totalmente escura e forte, cores fáceis de ligar a emoções, mas sem escolher, pintei-me de cinza tão intensamente que um sem o outro, já não existe.
Talvez o cinza, traga reflexão. Prefiro a idéia do esconde-e-mostra, sendo junção de luz e trevas, te confunde, causando um certo mal-estar a quem tem segredos e covardia.
Cinza, é apenas, cinza;
Eu, sou apenas, eu;
Monótonamente apreciada por poucos sábios-loucos.


ópio


Vidros embaçados, um velho grunge acústico e melódico te embalam nesta suposta solidão, seus pés balançam marcando o compasso em que as pancadas de chuva acertam o carro. O celular a sua frente parece esperar, mas sabe que só vai esperar. O sono embala seus sentidos ao ópio, flores vermelhas, alaranjadas, rosas-maravilha, e azuis, brilham num campo, o sol, o vento, a liberdade, roda-gigante, palavras nas nuvens, violinos e violão, por-do-sol, a volta. Seus pés balançam marcando o compasso que o velho grunge acústico e melódico , marcando as pancadas de chuva que acertam o ópio nesta suposto carro que nos vidros embaçados, a solidão embala.

sombras


Sombras
, nos perseguem quando há luz;
Sem rastros, sem chão, sem provas, sem vultos;
Tudo então é uma só sombra compacta, percebo então que não é a falta, mas sim o excesso.
O discernimento só vem a medida que se conhece os dois elementos de contraste.
Sua sombra, me trouxe a luz.
A perseguição se torna parte necessária.
Abstinência de luminosidade tira de nós, esse privilégio.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

porque, você?



Nossa felicidade esvai-se por entre meus dedos abrindo cortes, os quais nenhuma feliz lembrança cura;
Tua indiferença escorre pelos meus olhos, atingindo minh'alma e secando, o amor;
Mentiras, medos, tentativas, raiva, e saudade fluem para além do pensar;
Caiu em um abismo, onde nenhuma canção, sonho, sentimento ou tragédia me tira;
Prove a cada dia que toda essa circunstância é obra do momento, e que ainda posso contar com o seu colo, e doce alento;
Ou terei que agonizar-me todo instante, como o que mato dentro de mim, berrando a cada palavra oculta que não quer morrer assim, sem motivo;
Nossos dedos antes entrelaçados, fortes e quase fundidos, se soltam por pressões opostas, só nos resta um toque de esperança;
O por vir está em sua palma, AGORA escolha o largar ou soltar, passei tempo demais em desequilíbrio, temo cair insensível;
Escolha um caminho único, e jamais olhe para trás;
Agarre-se a ele, e que seja ele como o teu fundamento, através da jornada da vida.


'... Cadê você? Quem diz pra mim?
Não sei porque,
não sei pra que
tudo foi correr assim..
Não vai mais tentar

enquanto na verdade
tem medo de lutar, eu sei. ..
Porque você faz sofrer,
quem mais te ama,
quando te vê?!...'

-3l

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

obra de arte

'Eu posso ficar nesse momento para sempre Posso alcançar cada estrela no céu Posso me perder Quando olho dentro dos seus olhos'

Passava cada dia, presa num determinismo o qual eu sempre acreditei, não poder sair. O amor era útopia pura, apenas uma obra de arte a qual só se pode olhar, chegar bem perto, mas nunca viver; Mascarada todos os dias, até que não pude aguentar.
Você apareceu em algum devaneio, e eu, agarrei essa 'insanidade' e todos os pensamentos, atos e palavras minhas, viraram loucura para os outros, mas para nós era toda a lógica a seguir.
Fui seguindo teus passos, procurando os rastros de uma brécha a qual eu poderia me lançar com toda vitalidade restante; Te procurar todo dia, ouvir a sua voz, e fugir do seu olhar, era como andar 5 passos e voltar 2 a cada dia, e nessa caminhada, fui aos poucos conseguindo que você se aproximasse esses dois passos que eu fugia.

...
Ainda hoje caminho, mas com você ao meu lado
Nossas decisões pintam nossa vida, são por sí, obra de arte.
Neste coração,
Nunca haverá outro,
Você completou minha vida,
nosso amor é como um sonho

Pegue minha mão,
Nada consegue vir entre nós, Nós fomos feitos para ficarmos juntos
Para sempre, você e eu

Nos meus olhos,
Seu rosto sempre diante de mim,
Nossas almas são agora uma só
Apenas começamos.

-To be mine tonight- blackmore's night








quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Nossa canção


Lágrimas saem como palavras cortantes,
escorrem por dentro tocando feridas de um coração aberto;
Nasce mais uma melodia,

triste e dançante, te envolve e entorpece;
Enquanto a sombra de teus olhos tenta ler a minha alma,

já não me sinto morta,

essa musica que surge, limpa minhas veias,

aquece o meu corpo e descongela;

Num súbito suspiro, meus olhos secam;

Mistura de sons, sentimentos e vontades agem como um desfibrilador,
a dor parece tão distante, estou a cada novo compasso perto de um sorriso;
Entre o viver e o pensar e sentir existe um abismo, o qual chego ao chão;
Decidi mudar os caminhos
e seguir a nossa canção.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Nuvens no chão



' '"Eu vou tentar" ela disse enquanto ele ia embora.
"Tentar não perder você. '

Ele virou as costas, e seguiu para casa, ela pegou o ônibus, sentou, encostou a cabeça na janela e cobriu o rosto com os dedos, tentou pensar em algum motivo para ir e não voltar, mas tudo que encontrou vasculhando sua mente foram os abraços dados, os beijos, a respiração quente e rápida dele, os flertes, os olhos dele que focavam ela com tanta ternura e amor, as palavras, as risadas no meio da madrugada, a noite fria em que dormiram juntos, as mensagens de celular, as fotos, as musicas que ele cantava ao pé do ouvido dela, do calor que saía do corpo dele pro dela enquanto estavam juntos, deitados, apenas apreciando as horas passarem, tudo que sonharam.
Lembrou da conversa daquela tarde, deles olhando o espaço que os uniu nos primeiros contatos, da esperança que começou alí a nascer, das dores daqueles pensamentos, de olhar o rosto dele e imaginar que teria que deixa-lo, da expressão de tristeza que ele fez ao ver que ela poderia dizer adeus, dele dizendo 'você é a melhor coisa que aconteceu na minha vida'.

Nada fazia sentido, nenhuma pontada dessa imensa dor, mas era real. Passar a noite acordada imersa em lágrimas, agarrar cada objeto que lembrasse do melhor tempo de sua vida não deixou que ela pensasse com um pouco mais de lógica.

Cegada pelo medo, passou tempo demais trocando os valores, pôde perceber que nada além do que o verdadeiro amor tinha os levado até o presente, e nada era mais coeso do que continuar acreditando nessa história que não tinha e nunca terá motivos pra chegar ao fim.
Ele tem o coração dela pulsando em seu peito, e ela o dele; São opostos, e se completam de forma tão intensa que tornam-se um.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

vai passar


'Era uma vez um rei, e certo dia ele pediu ao seu melhor servo que o fizesse uma coroa diferente de todas as que ele havia visto na vida, e o servo, obedecendo ao seu rei e se sentindo honrado começou a ordem. Faltando poucos dias para a coroa estar pronta o rei mandou chamar o servo novamente, e o disse que escrevesse na coroa uma frase que o deixasse triste quando estivesse alegre, e alegre quando estivesse triste. O servo foi ao desespero, não podia descepcionar o seu rei mas não se achava capaz de cumprir tal ordem e ser bem sucedido. Passaram-se alguns dias, e finalmente o servo chegou a presença do rei, segurando a coroa em suas mãos e o entregou, o rei então a colocou, e olhando no espelho leu a frase gravada em sua coroa.''Vai Passar''.'

Porque a sua ira dura só um momento; no seu favor está a vida. O choro pode durar uma noite; pela manhã, porém, vem o cântico de júbilo. Salmos 30-5

terça-feira, 30 de junho de 2009

Y E S H U A



'' E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça. E os seus olhos eram como chama de fogo. E na veste e na sua coxa tem escrito este nome: Rei dos Reis e Senhor dos Senhores.'' -Apocalipse 19- 11, 12 e 16.-

Quando o sol nascer eu hei de restaurar minha visão, minha vida,
meus sonhos renascerão com a aurora que iluminará minha face

todo sofrimento que agora sinto, dissipará

e poderei te louvar por mostrar a mim que és tudo que eu preciso

Toda lágrima de amor, será recolhida por anjos

E eu terei sobre mim derramado o cálice
Jubilo e regozijo se achara abundantemente em meu coração
Sobre os céus e com olhos de fogo, ele vem

recolher a minh'alma e restaurar meu espírito
Quando o sol se por em ti descansarei

Deleitarei-me em seus braços, segurança encontrei.

terça-feira, 23 de junho de 2009

midnight sun'



Meia noite, nem um som da rua a lua perdeu sua memória ela está rindo sozinha, na luz das lâmpadas as folhas secas se recolhem aos meus pés e o vento começa a se afligir.
Lembrança, totalmente sozinha a luz da lua eu posso sorrir nos dias passados, eu era bonita, então eu me lembro do tempo que eu conheci o que era felicidade, deixe a lembrança viver novamente.

Todas as lâmpadas da rua parecem piscar, um aviso fatalista, alguém murmura e as lâmpadas da rua se apagam. Logo será de manhã.

Luz do dia, eu devo esperar pelo nascer do sol, devo pensar em uma nova vida, devo partir quando o amanhecer se aproxima. Essa noite será uma lembrança também e uma nova vida começará.
Queimar os fins dos dias esfumaçados, o frio envelhecer cheira a manhã, as lâmpadas da rua morreram,
outra noite se acabou e outro dia está nascendo.
Toque - me, é tão fácil de me abandonar sozinha com uma lembrança dos meus dias no sol, se você me tocar você entenderá o que é felicidade.
Olhe, um novo dia começou



''Daylight, I must wait for the sunrise I must think of a new life and I mustn't give in''
-Epica


quarta-feira, 17 de junho de 2009

equilibrio


Bons dias são como um sonho, levam a alma aos lugares mais altos e a fazem cair em jubilo e mais jubilo de alegria. Não se vive de sonhos, e todas essas palavras, viram opostos. No equilíbrio e desequilíbrio, em uma corda bamba, ameaço cair em qualquer momento, tendo também a possibilidade de desistir. Prossigo com muito esforço, esfolo meus pés, canso minhas pernas, amoleço meu corpo, porém se esmoreço perco tudo que lutei para conseguir, armo-me de coragem e vivo como a ultima hora. Busco nesse espectáculo não passar despercebida. Dor, cansaço, tristeza, angustia, medo, amor, ódio, alegria, satisfação, saudade, perseverança, encanto, companheirismo, sacrifício, mudança, amadurecimento, ou simplesmente VIDA. Me deixar perder sem saber qual seria ou se existiria um limite, não é uma possibilidade.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

amiga da morte

''A tristeza é uma das maiores musas inspiradoras, só perde do sentimento de perca, o sofrimento da morte''

Se estou aqui é porque a sinfonia da vida variando o tom, manteve até agora a mesma melodia, melodia da perca, dos suspiros e do inconfundível e agora, confortável frio.
Em cada dor que tive, pude sentir as lindas e notáveis características de um pranto, a beleza exprimida em lágrimas, a angustia que encaminha ao rasgar de uma alma resultando num gemido inexprimível do espírito.
Não comecei admirando toda essa arte, em minhas memórias, tudo que a magnifica e viciosa dor foi construindo, toda nota que acrescentei para que essa melodia não acabasse veio banhada, horas de sangue, horas de lágrimas, horas de uma navalha mais cortante que espada de dois gumes.
Remoer toda essa tragetória não é meu intuito, quero apenas explicar como criei laços tão fortes e inexplicáveis com algo duo. Pode-se dizer, traiçoeiro, mas que nunca pude odiar, pois trouxe-me forças para nunca findar a partitura, e convenceu-me de deixar que ela acabe essa obra fascinante.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

encontro


Mas uma lua adormeceu, ela observava como o sol entrando pela fresta da cortina delineava o corpo dele, e o dava uma textura sensual e acolhedora.
Ele teria que partir, não para longe, mas para mais um dia como todos os outros, viver a sua vida, e nessa partida diária até o momento em que eles pudessem estar juntos, para ela era como se ele viajasse durante toda a vida.
Nada se comparava ao momento em que eles podiam se encontrar, todas as noites ela dava-lhe logo um abraço cheio de afago, com um longo beijo no pescoço, encostava a cabeça dele em seus ombros e o beijava a testa, sentavam-se ao divã no meio da sala, e conversavam sobre o tempo que estiveram separados, declarando o amor.E quando o assunto findava
ele a apertava contra seu peito e acariciando os lábios dela com os seus a beijava ardentemente.
Como se nada mais no universo fizesse mais lógica.

Nada fazia mais lógica.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

mal necessário


Nossas memórias passam em minha mente como a abstnencia de um balsamo
E agora sem ele, curto minha inevitável dor.


''Nos meus olhos,

Seu rosto sempre diante de mim,
Nossas almas são agora uma só
Nós apenas começamos'
-Blackmore's Night

quinta-feira, 7 de maio de 2009

drama


Essa sou eu, esse é o meu drama.
Feita para amar, de um amor incompreensível, eu não nasci pra mim, nasci pra me dar a alguém, totalmente, e obter tudo o que eu puder de volta, sou egoísta, e vou sempre querer mais!Você não deve se aproximar de mim!Senão te sugo, te sujo, te envolvo, e quando você quiser ir embora, te banharei com minhas lágrimas impuras, de uma pecadora a qual não se arrepende do pecado,pecado cujo é: amar demais.
Talvez a ultima romântica da terra, que passa anos sonhando com um apaixonado que a leve as alturas, e não me engano, ele existe, mas tem sua própria vida. Eu devia respeitar isso, e o que faço? Sou indigna novamente e o acuso de ingratidão. Que culpa o pobre rapaz tem, se a ingrata sou eu?!
Ninguém merece me amar, ninguém suporta me dar afeição.
E ao milagre de poder ter alguém em meus braços, eu simplesmente o afogo em meu amor efusivo! Não se engane, não é por mal, apenas por ter demais, o que o mundo já esqueceu de sentir.
Como uma serial killer só que com uma só vitima, incapaz de matar o alvo, mas que nunca deixa que ele escape dos seus olhos.

Ah, o amor!


Essa sou eu, esse é o meu drama.
Ou pelo menos a parte que dou o direito e cabe a vocês, saberem.

terça-feira, 5 de maio de 2009

parte IV



Os cabelos negros dele estavam esvoaçando, deixando seu rosto encantador em evidência, foi à melhor visão que tive dele em todos esses dias, pude ver a linha de seu maxilar de frente, com traços firmes e definidos, suas sobrancelhas grossas que deixa o seu olhar mais marcante, minhas primeiras palavras lhe faltaram com elogios, sua beleza era um insulto a qualquer outro humano, e até mesmo a um Deus grego, analisar suas formas me deixava mais realizada do que qualquer visita a museus e exposições, queria poder fazer uma estátua dele naquele momento, ele estava suado, provavelmente tinha jogado com o Diogo, sua camiseta grudava em seu peitoral, e sim, ele continuava com o movimento confortável, mesmo que com mais velocidade, a calça agarrava seu corpo, contornando suas cochas, e digamos que pela primeira vez, não o vi como uma obra a se apreciar, o enxerguei como um homem, deixara naquele momento de ser um ‘enigma humano’ para ser meu ‘homem enigma’, não um objeto de estudo, e sim, um alvo de desejo, de meu total e primo desejo.

sábado, 2 de maio de 2009

parte III

Pela primeira vez pude ver os seus olhos, mesmo que em um movimento vacilante, como se ele estivesse cometendo um erro. A alma estava presente, na verdade, muito mais que a alma, seus olhos eram profundos, capazes de fazer qualquer um se perder em tamanha imensidão, cheios de segredos, neles encontrei todo o encanto de um universo, um universo na era glacial, de um frio que transpassou todo o meu corpo, cheguei até a pensar que estava queimando.
Seu peitoral se mexia conforme ele respirava em um movimento extremamente viciante e confortável, não o vi mais olhando para mim, a forma como ele reparte o cabelo ao meio deixando cair sua franja nas laterais impossibilita que eu perceba, mas posso até arriscar que senti outra vez todo o gelo.



parte II



Procurei encontrar os olhos dele, e me livrar de parte da perturbação do sonho passado, mas no momento em que podia, eu tremi, e se nos olhos dele não encontrasse sua alma? Frustração, eu não estava preparada para me frustrar ainda, então bastou os meus pensamentos.
Nesses últimos dias não há nada mais proveitoso do que passar meus intervalos o observando, me derreto, não consigo disfarçar, fico em choque, boquiaberta, seus cabelos negros me hipnotizam é como se neles se encontrassem todos os mistérios da noite, olhar seu rosto é como observar o luar, uma harmonia perfeita que não cansa meus olhos. Nunca pude encontrar os olhos dele nos meus, não fui notada, sou comum demais para chamar atenção de um enigma humano, que eu resolveria com todo empenho possível, e me desaponto.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

parte I


Em meio a devaneios encontrei-me observando alguém novo, de uma beleza estonteante, na verdade é até um insulto chamar aquilo de beleza, ele não era comum, tinha a aparência dos deuses. Por um breve momento não sabia mais onde meu corpo se encontrava tudo ao meu redor ficou em branco, mas não foi como aqueles filmes românticos onde se toca uma bela musica, ou algo clássico como 'The way you look tonight' do Tony Bennett, senti como se todos os meus órgãos internos tivessem se tornado a bateria de Dimmu Borgir, pulsando louca e intensamente, não sei como nem porque, corri até o banheiro, e adeus café da manhã.

domingo, 26 de abril de 2009

acordar


Comatoso, eu nunca irei levantar sem uma overdose de você, eu não quero viver, eu não quero respirar, a não ser que você permita que eu sinta você ao meu lado. Você alivia a dor que sinto, acordando com você, eu nunca me sentiria tão real, eu não quero dormir, eu não quero sonhar, porque meus sonhos não confortam o jeito que você faz eu me sentir. Eu odeio viver sem você, morto erroneamente por sempre duvidar, mas meus demônios posicionam-se em espera tentando-me a me afastar, como eu tenho sede por você, como eu preciso de você.
Respirando vida, despertando, meus olhos ABREM.



-Skillet

quinta-feira, 23 de abril de 2009

prazer


Seus olhos, tudo começa em seus olhos, me fitam com tanta intensidade, entram em minha mente como um tornado, me fazem ficar zonza e a ti inteiramente entregue. Descendo em sua face, encontro seus lábios quentes e macios, que passam pela minha pele como veludo fazendo com que meu corpo se arrepie, tranço meus dedos em seus cabelos, pretos, desgrenhados, envolvendo um segredo em cada fio, que eu me perco descobrindo, dando-me prazer.

5 meses, te amo.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

hyptagonian


'...Permita que eu chore esta canção para você e a beije para que, para sempre se sele ... Vivo somente para você e para tocar minha eterna sinfonia pelo seus sonhos ... Não queira entender, somente aceite do jeito que eu sou, amenizando minha dor ... Venha e durma eternamente nos meus braços, no final de tudo eu só queria te amar e saber que você sabe disso...'


-Otávio Mota