segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Capítulo II- Rio Semprincípios


Toda dor e medo que não poder estar no controle faz parte de um fator ‘causa-conseqüência’ plantado e colhido por atos.


Envergonho-me por inteira dos maus dias meus, onde a vida decorrente levava-me solta pela correnteza e o mais proveitoso era relaxar meu corpo e mente, me soltar e deixar ir por onde as águas quisessem no rio ‘Semprincípios’ -onde os bons dias só acontecem superficialmente então de fato, não acontecem- de olhos fechados opcionalmente, boiando pelo caminho perene, fui vitima inocente e fui culpada, entorpeci meu sentir e meu raciocinar.

Fui roubada, presa e atada de corpo todo, um pouco por esquecer de meu eu, esquecer de lutar e quão valoroso é valer a pena tudo que busquei.

O desespero tomou minhas veias, meu coração, minha pele, sinto-o exalando por minha cutânea, num processo totalmente inflamável e perigoso, apego-me a ele, que agora é o que de mais próximo e intenso posso encontrar.

Faladores e fazedores vivem nesse mundo, o qual não por espontaneidade no começo me excluí, mas que agora decido me apartar e ser o Pensar, pensar livra-te dos atos inescrupulosos e inconseqüentes, já pode muitas vezes tirar-te o viver.

Perder algo de muita valia conscientemente é um erro cuja culpa não sou capaz de deixar ilícita e esquecer, perder os princípios, perder a vida...

O fato é que meu fim é incerto, com todas as nuances que isto compõe.

Essa sinfonia de harmonia imprevisível e desconhecida, preciso lutar pela consciência o que não se é tão difícil quanto o árduo cansaço de encontrá-la.

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