quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Branco.

  O amor era branco, puro, percorria seu corpo sem pressa, tornava cada pulsar em alegria, preenchia o vazio da melhor forma, nunca faltava, nunca sobrava, sempre exato, presente, maravihosamente cativante.
  Não provinha de homens, por isso tamanha perfeição, fluia da essência, do ato, era o movente, era a esperança, era a vida, a derrota da dor e o fato da fé.
  A musica, a dança, o sorriso nos olhos.

Durou até os 14.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Monocromático.

  O sol daquele verão atingia Ela pela primeira vez, ou Ela sentia o mundo denovo depois de 10 anos, a dor apertava bem no fundo as vezes, mas Ela tinha escolhido viver então conviveria com esse aperto até a morte.
  A morte, verbo de todas as dores, não ameaçava mais seus olhos molhados, molhados como a chuva que varria o reflexo do sol no chão.
  O vento tornava real a mudança que ocorria a cada segundo, modificando tudo ao redor, inconsciente de que a maior mudança já tinha sído feita, dentro dEla.
  Seu mundo monocromatico aconteceu aos 8.
  Não tocou mais em seus brinquedos para fazer a linda boneca princesa casar com o principe, não fez mais o bebê tomar mamadeira, arrotar, nem ouvir canções de ninar, não permitiu que nenhuma cor atravessasse o monocromatico denovo.

 A inocência havia sído roubada e ninguém parecia se importar ou ver os berros dos olhos dEla que se tornavam foscamente monocromaticos.