quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

O amor, relato pessoal.

(tudo escrito é sobre mim, se eu não fizer teu interesse, nem leia.)


10 meses, 3 meses, seja lá o tempo que for.

Talvez minha vida deva ser dividida em a.A (antes do amor) e d.A (durante o amor) uma vez que ele existe não deixa de ser (e tamanha a diferença do que eu achava que eu era, e em quem me encontrei sendo), apenas muda, e querendo ou não me mudou mais do que tudo, não atribuo isso a uma pessoa, apenas a um sentimento recebido e a mim. Eu me permiti amar, e hoje me permito ser amada, mesmo que as funções possam estar inativas.

Muitas garotas dizem não acreditar no amor, tolice de gente egoísta ou leva ele o mais superficialmente possível, e bem, VIVA A SUPERFICIALIDADE, claro.. Quando é superfície pode vir vento, tempestade... O que for, leva tudo de uma vez e pronto, sem danos maiores. Felizes são as superficiais, pelo vulgo da felicidade. Nunca nenhuma marca que mostre quem elas são, só uma superfície plana que pode ser facilmente redecorada, barata, convidativa, e a mercê de ter que mudar conforme a decoração. Infeliz ou felizmente falo de mim apenas quando mudamos de assunto e entra-se na ‘profundidade’.

Garotas profundas, românticas, idealistas,ainda existem.. Sou uma prova, quando se vive o amor, se respira ele, se come dele, se bebe dele a vida muda o ponto de referencia, NADA mais é igual e isso é lindo. A profundidade te permite ir de um extremo a outro, te permite viver a realidade total das situações, porém dói. Quando se faz um alicerce no solo é necessário cavar, o processo de cavar machuca pois é preciso estudar o solo e as camadas deixadas pelos anos, logo a coluna entra no buraco cavado o preenchendo e dando sustentação.

A construção pode ruir por fatores externos mas o alicerce fica e marca o terreno, cada rachadura se torna uma nova cicatriz e durante muito tempo os escombros desfalecem até encontrarem a inércia, é preciso de ajuda para limpar o terreno mas não importa o que aconteça, o terreno nunca mais será o mesmo, não é necessário tirar o alicerce pois pode ser reutilizado... Mas somente quando o terreno estiver limpo de novo.

É impossível esquecer momentos e a dor da lembrança é a mais fiel prova de que foi tudo realidade.Impossível esquecer certas pessoas e até incabido seria esquecer quem te ajudou a construir o alicerce e encontrar o verdadeiro amor, é incogitável.

O mais sensato e natural é limpar-se aos poucos e não desistir do amor, ele existiu, ele existe e espera por garotas profundas que queiram o viver intensamente, sem medo da dor, da felicidade, da carência, de ter que se limpar e começar tudo de novo.

Nesse processo de viver, acabamos nos encontrando. Hoje em dia, me dou muito mais valor, sei quem sou e tudo que sou capaz de passar, toda cicatriz ajuda a não esquecer e construir quem se é, e sua honra. Fui feliz ao extremo (não acreditava nem que era verdade, asnice..), sofri o extremo... Porém sempre que o amor vier estarei esperando de braços abertos e sorriso largo, preferiria que ele viesse uma vez só e ficasse, mas talvez meu terreno deva ser totalmente limpo antes dele voltar e aí sim poder construir uma moradia mais bela que a anterior.


Amor, te espero sorrindo, chorando, gritando, pulando... Vivendo, te vejo em breve.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

depois do FIM.

 

  As vezes puxaria o gatilho, mas sem egoísmo continuo viva, não sei como suguei de mim o veneno, e o que antes sucumbia as veias, só afeta o estômago, horas dando nojo e horas doendo.
  A alma continua violentada, abandonada e carênte, as vezes faz contato, me procura pra relatar o vazio, a dor, o rancor, as alegrias... Mas logo se vai, pega carona com as lágrimas e parte.
  O coração devolvido, pobre iludido, decidiu só ser músculo, o que já o dá muito trabalho, se deixar envolver, não, outra vez ele definitivamente não aguentaria.
  Depois do FIM vem a epifânia, vê-se a resposta, respeita-se mais, ama-se mais, perdoa-se mais. Na negação existe a oportunidade de enxergar, desvendar os olhos e ser grato por não provar mais do veneno. Dar um passo para a abstinencia, desfrutar toda a dor e a transformar num ''não esquecer''.

  Tudo que é sólido pode derreter.

  Abri minhas asas, desconheço o previsível. Todo lugar é o meu. Nenhum é o meu lugar.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Fim.

Fitava o vazio, contemplava a luz atravessando a janela e a poeira que rodava em torno dela, abraçava suas pernas como se fossem preencher o buraco em seu peito, buraco esse que os comprimidos jogados pela pia não foram capazes de curar, nem a lâmina jogada no carpete aliviou quando dilacerava seus braços, latejava ainda mais enquanto a garota tingia suas vestes de rubro, e ainda sim continuava internamente no seu negro vazio.
...
Os labios tremulos e secos contrastavam com seu rosto encharcado e arranhado, diziam com medo em sussurros ''me encontre aqui''.
...
Não haviam mais lembranças para amenizar a dor, ela rolava, fincava as unhas no chão, gemia enquanto todo seu corpo se contraía. Finalmente a encontrariam, esse era o sinal de alguma presença.
...
A morfina apresentou-se ao seu corpo e a entorpecia, em volta de seus olhos encontou-a uma sombra profunda  e ao invez de insanidade, os olhos refletiam o abismo.
...
Encostou o cano de metal gelado em seus lábios e como a despedida de um amante, o beijou.
...
Levou-o a sua traqueia e escolheu seu ultimo pensamento, fechou os olhos, sorriu e a lágrima de alegria que escorreu aqueceu seu coração.

Não mais abriu os olhos, nem desfez o sorriso.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

S.C


Ela mantinha os olhos perdidos na própria insensatez, raramente os fixava em algo para recuperar um pouco da sanidade desperdiçada; Era o verdadeiro caso da menina que enlouqueceu e padeceria de livre submissão ao seu amor.

 Todos os dias sua rotina era idêntica, acordava já cansada, via-o em sua frente, sorria, chorava e tudo antes mesmo das dez da manhã, sabia o quanto seu toque lhe fazia mal, mas ainda assim como uma viciada acomodada em sua vida puída que a afastara de toda existência que conquistou fora dele, persistia para enfim morrer mais um pouco, sumir mais um pouco, se perder mais ainda dentro de seu próprio corpo vendendo-se a ele em troca da endorfina que ela se negava a receber de outras almas.
 Sua boca se rasgava em um sorriso mal encenado enquanto seus olhos gritavam por socorro, nada mais lhe bastava e a menina deixou por vez tudo para trás ou em segundo plano, deixou-se em segundo plano para poder sorver dele as migalhas que este lhe atirava com os punhos fechados.
 E então começaram os remédios, e a menina ainda se negava a enxergar que era capaz de viver sem ele, era fraca por própria vontade, se fazia de frágil para não encarar a vida, se matava por um otário que nada perdia enquanto permanecia onde estava, por alguém que quanto mais lhe via morrer dentro dos próprios olhos, mais sorria e se inflava do que ele chamava de vida.
 Amor não é isso menina, menina que eu já tanto amei, e ainda amo apesar de tudo, amor é sacrifício, palavra que a muito já fora excluída do vocabulário de seu pequeno adorado.
 Sua vida vale mais do que um punhado de calmantes por um retardado que simplesmente é egoísta demais para ver o quão mal lhe faz.
 Não morra por ele, não mate a minha menina por tão pouco, por todo esse nada que fede a putrefação e que você ignora pela necessidade de ter a ilusão do que um dia chamou de amor.

por: http://sexotextoerocknroll.blogspot.com/

domingo, 29 de agosto de 2010

Melancolia'

Expulsei a melancolia de meus versos, e eles desapareceram subtamente.

Words that I can't say.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Dualidade'


''Sweet berries ready for two
Ghosts are no different than you
Ghosts are now waiting for you
Are you?
...
Do we, do we know
When we fly?
When we, when we go
Do we die?''

-SOAD


Envenenada está a minha alma
de tortuosos sentimentos
beiro o muro ao caminho
em meio aos sonhos nossos

Deito-me embreagando o ar
lanço meus braços, esperando o frio
escolho pra sempre voar
antes que finde tudo, vazio

Prendo-me ao presente
espero o futuro, relembro o passado
escuro aos meus olhos já está o ato
dualidade, o certo e o errado

Entregue estou aos efeitos
do veneno degustado
caem as cortinas
fecha-se o teatro.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Inesperada Espera'

''Longe de você eu enlouqueço muito mais
Eu vivo na espera de poder viver a vida com você
Vejo pessoas sem saberem pra onde o mundo vai
Eu conto as horas para estar com você
...
Quando eu te vejo eu começo a sorrir
Eu começo a sorrir''
                   -Charlie Brown Jr.
 
 
   Passaram-se 4 anos.
  O humor continuou o mesmo, os interesses.. Guardados a sete-chaves, nostalgia, rir dos erros, as chaves começaram a ser usadas e os segredos a saltarem atingindo em cheio aquele antigo ponto fraco, era inevitavel, conhecidos tão desconhecidos querendo por fim conhecer o que era aquilo, algo novo e velho, ardente e sóbrio, impossivel de ser ignorado.
  A cidade cinza tinha um brilho diferente aquela manhã, o sol, os prédios imensos, pareciam tão pequenos perto daquela garota com a esperança maior que o mundo.
  As ruas formavam labirintos e ela tropeçava em seus próprios pés, porém seu coração a fazia dançar e levantar, ele já estava lá.
  Finalmente, à somente um farol de distancia, porém, os olhos não esperam o verde e se cruzam antes, ela suspirou, atravessou a rua e ele já estava dando passos em sua direção, os carros passavam enlouquecidamente, buzinavam, toda a cidade antes agitada agora sumia alí, debaixo dos pés dela, enquanto ele a tomava em seus braços firmemente provando pra sí que era real, e depois de muito tempo de prantos ela sentiu algo crescendo dentro de sí, veio da alma e iluminou-a instantaneamente um tão esperado sorriso, ele estava alí com ela, inesperadamente e esperado, as palavras demoraram a vir vingando-se do tanto que tiveram que esperar, afinal lhes era justo, os lábios então resolveram se juntar e fazer greve com as palavras, afinal esperaram igual.
  O dia correu, ela pensou que deveria também estar intrigado com eles e com tanta espera, mesmo que rápido aos olhos deles não ousou roubar nenhum segundo de lembrança.
  A dança não saíria tão cedo dos pés dela, nem o sorriso, nem a esperança, e menos ainda a vontade de o esperar, a dificuldade se dissolvia perto da imensidão do que ele havia dado a ela, não apenas sorrisos, mas ele tinha desenterrado de dentro dela a alegria, definitivamente valeria a pena. 

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

'

23 de Agosto de 1782, Northampton.



Meu caro S.


  Poderia começar escrevendo essa carta dizendo o quanto aqui é belo, mas a verdade é que não pude contemplar nada ao meu redor, mantenho-me de olhos fechados pois assim tenho tua face diante de mim e a dor da saudade expira quase que por um segundo, porém a ausencia de teu cheiro a acentua.
  A falta de sua pele e seu calor faz-me plácida, meus olhos tão somente, quando abertos liberam faíscas de lembranças em cada pulsar tornando-me viva.
 Não sei se retornarei, nem aonde meus trôpegos passos de criança me levarão, vou para onde minha mente infinda me encaminhar, viverei, pois um dia em mim fora injetado o amor e agora, mesmo pós fim o guardo com todas as memórias em minha alma, demonstro isso em meus sorrisos, eles me aquecem, pois foi contigo que aprendi a sorrir.
  Por vezes me exponho ao sol, deito ao chão e jogo meus braços ao vento, brinco que o abraço, dançamos, brigamos, rolamos, te sinto em cada parte de meu corpo e lembro-me de quando fazia frio, me embolava em teu corpo quente e eramos crianças, somos jovens e enquanto mantermos um ao outro vivo, seremos pra sempre e felizes.
  Amo-te, beijos.
                            L.
 
 

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Nostalgia'

Pense em mim quando você está fora, quando você está fora daqui. Vou te implorar de joelhos, quando o mundo te trata de uma forma tão relativa. É uma vergonha, eu sou um sonho.
Tudo que eu queria era você.
Acho que eu vou percorrer meu apartamento algumas vezes, e cair no sono no sofá, acordar cedo para as ruínas preto e brancas que escaparam da minha boca.
Eu poderia te seguir até o início e só reviver o começo, talvez assim nós lembremos de abrandar todas as nossas partes favoritas.

Tudo que eu queria era você.

'All I wanted was you'- Hayley Williams, Josh Farro, Taylor York.






quarta-feira, 30 de junho de 2010

Vontade

Esvaziou-se do velho, todos os planos, sorrisos, lembranças, sentimentos, devidamente guardados e com sua importancia coerente, nada mais.

O vazio a fez se perder, o vazio a possuíu e escureceu seus olhos, tirou-lhe a razão e nem precisou de muito para anular os sentimentor, uma vez já enterrados.

Ar, o unico a se movimentar levava e trazia a vida de seu corpo, a mantia viva contrariando todo seu ser já defunto.

Uma velha canção surgiu trazendo renovo, de repente em seus olhos voltou a vida, suas lembranças vieram com risos, e os sentimentos... renasceram sem mácula, com puresa.

A esperança veio forte, empurrando todo e qualquer medo e desconfiança do futuro, e com ela veio a esmagadora vontade, vontade do seu cheiro, dos seus olhos, da sua pele, do seu toque, vontade de ser e pertencer.

Uma vontade já antiga, mas não desgastada, que agora a move e a fez voltar a vida.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Capitulo IX- Despedida e aliança.



Como em um espetáculo de ópera, o inverno se findou com extrema elegância, cada floco de neve desenhava claves em compasso de dança fios de melodia únicos, Lopus protegeu-me do frio, mantendo meu corpo embaixo do seu, cantando em meus ouvidos ''Far far away, no voices sounding, no one around me and you're still there; Far far away, no choices passing, no time confounds me and you're still there'' contemplei seus detalhes enquanto o inverno dançava em meus cabelos e pés como em um ritual de despedida ora suave, ora agressivo como quem não sabe o que quer, na inconstância do dever de partir, e em meu íntimo desejava que Lopus visse o quão frágil eu era e ali permanecesse eternamente.
A calmaria estabeleceu seu lugar, e quando a lua estava a pino Lopus colocou-me em segurança no alto de uma grande pedra, beijou-me a testa e lutando contra o medo e a solidão confiando em minhas linhas foram finalmente afrouxados os meus olhos.

Então Lopus disse firmemente olhando sério em meus olhos:

_Meu amor, devo agora partir, o inverno passou e ele devo seguir, te deixarei protegida e se me permitires simbolizarei nossa promessa.

Pranteei:

_Com toda certeza permito-te.

‘’Você é meu coração
O que faz que ainda exista vida em mim
Fazes meu sangue correr
Queimando minhas veias
Venho me desculpar por tão ser sua sina
Não ser o que mereces
Peço somente que nunca me deixes
Se algum dia acordares
E ver que mereces mais que o céu
Pois todo amor que tenho
Foi e sempre a ti será fiel
Posso então contemplar
O quanto preciso te amar’’
O coração de Lopus acelerou-se como nunca , sentia sua pulsação pelas palmas de suas mãos que agora afagavam meu rosto, em seus olhos eu podia ver toda a dor que partir significava para ele, seus olhos cheios de lagrimas focaram-se em meu rosto enquanto seus dedos pareciam querer gravar cada detalhe de minha textura, de meus traços... Logo se acalmou e disse:
_Oh meu amor, como poderia eu esquecer-te? Como? Se seus olhos amarelos e selvagens como Artêmis, seu nariz pequeno e delicado, seus labios macios e cheios, suas bochechas rosadas e seu corpo delineado e convidativo não saem um segundo de sequer de meus pensamentos? És por quem meu corpo queima... E meu coração ama.
Mesmo que fosse uma despedida, as palavras de Lopus acalentavam meu coração, e não contive meu sorriso. Voltando a concentrar-se disse ele a mim:
_Pois então proponho a ti, meu amor, tomes meu coração e deixe-me tomar o teu, assim mais do que palavras teremos, não precisarei de meu coração em minha sina, meu lobo vive em minha alma e meu coração só estaria em ti, não busco outros amores, busco minha missão, portanto aceite-o e deixe-me o seu para que nenhum salteador o roube com ilusões.
Consenti com a cabeça, abri meus braços e o entreguei meu coração.


Ondas de dor invadiam todo o meu corpo, como uma tsunami sangrenta que agora como propósito cada resquício de sanidade, Lopus rasgara com suas garras meu peito, tirou com suas mãos meus coração, pude vê-lo pulsante sobre o gelo, todo o mar escarlate sobre o gelo escorria como um mar de amor que nem o frio conseguia congelar,em seguida a fraqueza se expandiu amoleceram meus braços, minhas pernas, meu ossos.... Vislumbrei Lopus arrancando seu coração, seu sangue era azul e como um rio de esperança contrastava com sua face de dor, seus urros e uivos quando então colocou seu coração ao lado do meu, e colocou o meu em si, tão logo bateu eu senti ele em mim, mas em meu peito não havia o que pulsasse.


E então a fraqueza abraçou minha consciência e nada mais pude ver ou perceber, mas senti quando algo maior que meu peito parecia asfixiar minha dormência mesmo que pulsasse devagar, e então senti-me quente enquanto sentia Lopus fechando o buraco lambendo-me o seio, para que sua saliva cicatrizasse de vez seu coração, nosso coração.
Lopus estava ainda ao meu lado quando acordei tempos depois, ainda era noite, senti-me forte pela primeira vez, forte por apenas existir, então disse a ele:
_Meu Lopus, meu amor, estás bem?
Pude vê-lo esboçar um sorriso, recompor-se e dizer:
_Estou sim minha lua, e tu? Estás sentindo-se bem? Estava esperando que formasse em ti a cicatriz para que te recuperastes e pudesse ouvir de sua voz que poderia enfim, ao nascer do sol, e do verão que já findou os ventos, partir.
Procurei suas mãos, segurei-as firme entre as minhas, tomei fôlego e então o respondi:
_Estou bem meu amor, teu coração agora em mim faz-me forte, nunca estarei preparada para sua ida, mas compreendo que é necessário então agradeço seu cuidar e carinho, e digo que vás, vás e cumpra logo a tua missão, pois aqui te espero, aqui te espera teu coração.- E levei as mãos dele ao meu peito.
Lopus tremeu ao meu gesto, mas descansou suas mãos ali, e então acariciando-me desceu suas mãos até minha perna, beijou-me o pescoço, a nuca, a face e por fim lambeu-me os labios, beijou-me os labios, mordeu-me os labios e eu correspondi, coloquei em seu corpo todo meu peso e pude pela primeira vez o sentir, sentir seu toque, sua delicadeza, seu desejo, seu fogo, descobri seu corpo com os olhos, com as mãos, com todos os sentidos, beijei todo seu corpo e deixei-o também beijar-me completamente a respiração quente de Lopus em minha face despenteava meus cabelos, me estonteava, seu cheiro envolvia toda a noite como uma eternidade de paraísos, como fogo que não queima mas arde em ondas que fazem todo o corpo tremer, éramos um do outro, a despedida havia formado um novo elo e nossa testemunha única nos unia, a lua que agora dormia. Ao mesmo tempo em que Lopus abraçou-me, beijou minha face e se foi.

Capitulo VIII- Ultima Nevasca

Adormeci doce, alentada e embalada pelo respirar de Lopus, sonhos doces como lagrimas de alegria, e ao acordar ainda aqui ao meu lado estava Lopus, não porque conseguisse o ver, mas porque podia o sentir mesmo de olhos fechados.

Seus pelos afagando-me o rosto, suas mãos delicadamente acariciando-me os cabelos num desembaraço embaraçoso que se concluía em uma linda trança, e que pelo cheiro tinha rosas de inverno adornando.

Meus olhos estavam quase que libertos, minha linha de sangue e luz os sustentavam agora e não restava quase medo que perdurasse a alegria e o sustento que amparavam a mim Logo que constatado que meu amor eu veria, abri os olhos com a maior cautela possível, eu podia ver os cabelos do meu amor, seus cabelos negros como a noite e compridos como a esperança em meu peito que balançavam com o vento que anunciava mais uma ultima nevasca, seus olhos concentrados totalmente focados e vermelhos eram cobertos por uma vinca esboçada em sua testa a qual havia suas sobrancelhas juntas com forte expressão, mas logo que seus olhos vermelhos focaram os meus, puxaram-me para dentro de seu mundo de lavas que varriam meu corpo inteiro e coravam minha face, não sentia-me confortável, porém não faziam mal algum a mim, apenas dava-me segurança.

Lopus sorriu, e pela primeira vez pude ver o sol de perto, suas mãos seguraram meu rosto e seu corpo me abraçou, abraçou como se moldasse as minhas formas preenchendo-as e dando ao frio de meu corpo todo seu calor, provocou calafrios que corriam por entre meus ossos, encostou seu rosto em minha clavícula, beijou-me ali e encostando seus labios em meu ouvido disse:

_O inverno antecipou o seu fim, meu amor.

_Sinto também sobre minha uma brisa morna, mas ainda fria que anuncia a ultima nevasca, estarás aqui a proteger-me? Respondi, sem me mover.
_Estarei a proteger-te nesta nevasca, mas sinto meu amor, devo partir, acredites te amo e meu tempo contigo ainda não findou, porém sou lobo devo ir, ir a caça, ir a outras neves cumprir minha missão, devo encontrar-me para poder trazer a ti o que tanto precisas.-Disse Lopus ainda em meu ouvido.
_Não me deixe,está em ti tudo que preciso, nada mais faria sensação igual ser gerada em meu peito, nada melhoraria nosso amor, não vás, tente ficar.. E nenhuma palavra mais conseguia espremer-se e sair de minha boca, meus olhos se apertaram o medo os prendiam de novo, em prantos expirei a dor que prensava-me o peito.

Ainda calmo, com voz de sabedoria, sem se mover Lopus abraçou-me mais intensamente e disse:

_Minha amada, minha Lua, não sofras que assim chora também meu coração, pensei pronto estar porém devo minha jornada continuar só que diferente vou, agora tenho um amor, você completa a mim e me inspira a viver, obrigado por dar a mim a dádiva de chamar-te de amor.

_Amo a ti, incondicionalmente meu amor por ti excede a paixão, atravessa tudo e atinge a minha alma, minha linha, a luz e o sangue, se tens que ir não devo pedir que negues sua natureza de lobo, porém tenho algo a pedir-te e deves prometer-me que cumprirás. Pude sentir o sorriso que os labios de Lopus formaram pelo som em meu ouvido, enquanto ele se acalmava com minha compreensão.

_Diga meu amor, tão certo quanto sou lobo e cumprirei minha sina, cumprirei também o que pedes meu coração.

Tomei fôlego, seguiu-se em suspiro:

_Nunca me deixes, por mais que as noites demorem a chegar, por mais que tua sina afaste os seus caminhos de mim, nunca te esqueças de nosso amor, tenho medo de sentir-me banhada em tristeza, medo de que a solidão prenda meus braços e que a esmo fique meu coração, porém se prometeres tão certo quanto és lobo prometerei também eu, tão certo quanto te amo.

_Estarei sempre ao seu lado, se quiseres ou não, pois te amo, uma constelação não seria capaz de demonstrar a imensidão de meu amor por ti, acredite, e para provar-te eu prometo.- Lopus instantaneamente tirou meu corpo do solo, pôs-me em seu colo e continuou: _Pois então, sempre quando sentir-se mal lembra-te deste abraço e saiba que nunca vou te soltar, assim ficará tudo bem.
 Nosso silencio perdurou muito, queria que as horas passassem lentas, ao contrário de meu coração desesperado, mesmo nos braços de Lopus, desesperava era o saber que logo ele não estaria mais comigo, e nem aquecendo-me na proteção de seus braços, quentes braços.

 
A ultima nevasca aproximava-se e com ela traria não só neve, mas agudas ondas de dores.



sexta-feira, 9 de abril de 2010

Capítulo VII- Bálsamo

O vento e o frio que outrora como protagonistas tentavam me invadir, agora aparecem como coadjuvantes em pequenas porções dadas pelas frestas do contorno do corpo de Lopus a cobrir-me.
Porém enquanto Lopus estivesse sensitivo ao meu rendor, nenhum outro fator tiraria meus pés das nuvens.
‘’O seu amor é como balsamo
Percorre pelo meu corpo desinflamando toda ferida
Tirando as impurezas que um dia me perturbaram
Livrando-me de todo pesadelo e fazendo que eu viva num sonho contínuo
Seu abraço tira de mim toda dor
Tapa todo buraco que tenho em meu peito
Não posso mais viver sem ti
Sem me sentir completa, sem te amar
Se sou sua lua, seja o meu mar
Para que possamos sentir saudade durante o dia
E toda noite nos encontrarmos
Que sua imagem seja sempre refletida em mim
Olhando nos seus olhos eu possa todavia me ver
Sentir a melodia de sua pulsação
E viver de noites sem fim.’’
Em meu ser a certeza de que nada mais era igual a pele de Lópus que envolvia meu corpo não apenas o aquecendo e mantendo-me sã, mas como balsamo tocando as feridas que por fora causaram a mim, e passava por minhas veias, passava por meus olhos dando relances dourados que como lágrimas de ouro escorriam por entre minha face e morriam em meu pescoço deixando em minha boca um doce gosto longe de qualquer amargura que algum dia minh’alma teria experimentado.

Capítulo VI- Lopus

Como se estivesse esperado todo o tempo somente ouvir o meu clamor e cantar, pude sentir esse tão misterioso alguém.

Quando se calaram os meus lábios e descansei meu coração em um doce embalo e alento, em meio a todo frio da nevasca que congelava os sentidos, um arfar quente abalou-me em meio a esta prisão, entrando como se nascesse para guiar perpetuamente.

Esse arfar quente liberou em mim um ar direto as narinas, um novo sopro de vida então passou por entre meus pulmões e revirou tudo o que até então pensei conhecer algum dia.

Meus olhos até então fielmente costurados, se afrouxaram, tremi, mantive-os fechados enquanto sentia minha alma experimentar algo novo cujo nome e propósito ainda me é desconhecido, meus braços se ataram mais quase se fundindo.

Perdi-me em mim quando então fui encontrada por outro alguém.

Sua respiração se aproximava, estranhamente calma embora tivesse um novo ritmo, o ritmo que reconheci instantaneamente ser o de minha canção.

Chegando então perto de meu rosto, tocou-me uma mão cujos paradoxos pensei serem incapazes de existirem numa só matéria, rústico, quente, macio, seguro, forte e delicado. Delineou minha face parando ao queixo, parecendo reconhecer, como se estivesse observando em vida um sonho.

Nada era dito entretanto não existia o silencio, os corvos estavam anulados, as arvores descansavam num sono profundo e estático, mas agora em compasso exato, meu coração, minha linha e minha primavera acompanhavam o cantar do respirar deste alguém, até que o silêncio fora interrompido totalmente.

_Peço-te perdão se á assustei, esperei seu alento que era o momento certo cujo poderia me aproximar. Acredite, procurei a ti por muito, e essa espera destroçava-me a cada nascer da aurora.

Sua voz era como folhas de outono, suave, forte, agradável, afagadora e confiável. Não temi, logo minhas mãos se afrouxaram, mas em contradição, a canção era acelerada desordenadamente. Pude então entre sussurros pronunciar:

_Não te desculpes, lamento que meu alento tenha demorado, porém te enriqueceis com o mistério que cercava teu demorar, estás justificado.

_Eis aqui a demonstração em atos de um nada do afago que por ti sinto em meu peito.

Tentei então abrir meus olhos cuidadosamente para que a solidão não os ferissem e quebrasse então minha companhia.

Em seguida senti sua face inteira roçando-me têmpora como gesto de carinho, surpreendeu-me nossas diferenças, mas não pude evitar a torrente de compostos de alegria e aconchego que me invadiam e transbordando abriu-me um largo sorriso.

Então o não saber quis diluir minha expressão com a duvida.

_Quem és tu?
Calma e séria soou minha voz.
_Diferenciaria o conhecimento tudo que tenho destinado a dar-te?

Pude ouvir um grunhido e a neve sendo arrastada para trás, o vento então voltou a lutar contra meus sentidos batalhando a favor do entorpecer acordando em mim o pavor, que fez falhar-me voz.

_Nada poderia mudar o que tens dado a mim, mas, permita-me conhecer-te assim como sinto que conheces e mais que isto, reconheces quem sou.

Então, um golpe de proximidade fez o entorpecer perder a batalha, senti a maravilhosa trégua de paz, e perto de minha face alguém se aproximando, desta vez, tímida e ansiosamente.

_Sou Lopus.

Sem precisar de mais, senti-me completamente satisfeita, Lopus dizia tudo que eu ansiava, sem que eu soubesse anteriormente disso.
Senti um sorriso passando pela canção até mim, a neve denunciou-me um rodear e todo meu corpo sentiu que como me guardando em uma concha, fui envolta.
 
Imediatamente reconheci Lopus.
Meu Lopus.



quarta-feira, 17 de março de 2010

Rotina

Sem que eu lute a favor, choro, com o rosto paralisado olhando à nós.


  Toda noite pego-me esperando a ti, com saudades de teus beijos apaixonados, saudade dos teus abraços de amor, saudade do seu corpo aquecendo-me a noite, suas mãos acalmando meu rosto de menina. Derramo-me nessa falta que quase me perco, quase me afogo, mais volto, volto para os sonhos.
  Sonhos que são minha espera diária, onde você ainda está aqui e é tudo simples denovo, onde suas mãos estão a esperar pelo meu rosto o dia inteiro, onde secam minhas lágrimas e seu corpo me embala a descansar, descanso em seus braços, toda a noite, me delicio em seus beijos, esqueço a realidade que mais parece à mim, sonho.
  Posso viver outras milhões de vidas, posso amar outros amores, posso sorrir por simplesmente viver, mas não o faria com a pureza, a alegria e a paixão como quando você se incluí.
 
  Ao acordar o sorriso ainda em mim, mas ele não é meu, ele é nosso.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Estrelas de ilusão

Ouso por mais uma vez deixar-me ser romântica





Fecho os olhos de desgaste, desgaste da vontade, vontade de você, vontade que leva-me fora do corpo e transpoe-me as estrelas.

Estrelas que nos encontramos, onde está escuro e você está sentado com sua cartola e o seu sorriso me esperando, com nossos sonhos no brilho dos olhos, nossa história como uma rosa em sua lapela e o nosso amor no canto dos labios, lá aonde o tempo não passou pra nós dois e a vida permitiu-se parar no instante que nos apaixonamos.
 Ergo meu olhar instigante e levanto meu vestido como que reverenciando sua ilustre presença, nossa musica toca ao fundo convidando uma dança, dança exótica onde nossos corpos elegantes se contemplam, se tocam, se cheiram, se reconhecem, como se a saudade guardada fosse complexa demais pra se matar rápido tendo que ir se aconchegando na presença aos poucos.
 Não há mais ninguém, apenas dois amantes eternos dançando o amor que há muito os uniu e que incondicionalmente os unirá toda vez que o nome um do outro for soado, toda vez que a canção for cantada, toda vez que os corações pulsarem, toda vez que o perfuma invadir os sentidos, toda vez que as lembranças vierem a memória.
 Sua vida inebria tudo em torno, seu sorriso inebria a mim e sinto-me completamente sua, como se o eu não tivesse espaço e apenas o nós, somente o nós, e assim do amor vivemos, do amor comemos, do amor dançamos, do amor tomamos.
 Estrelas que são nosso chão, a gravidade não impede este fato, ela se anula onde o universo é nosso, onde mora a nossa doce ilusão.
 Ilusão como nós, como nosso fim sem fim, como nosso amor, uma ilusão tão real e sensitiva que acalenta as noites desejadas, ilusão que permite nosso encontro eterno nas estrelas.

'' De onde vens? Porque é que estou tão inteiramente em ti?'' -Dom Casmurro
''Its you and me tonight leave it all behind'' -Shiny Toy guns
''Now we're saved together in the dark, cuz we've got each other in the dark '' -Dj Tiesto

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Esperança e seus delírios IV

''...Abrace-me como você se agarrou à vida quando todos os medos se concretizaram e sepultaram-me ;
Ame-me como você amou ao sol, queimando o sangue no meu  coração de vampiro
Abrace-me como você se agarrou à vida ,meu coração de vampiro ..''


Impossivel: O que está fora do alcance
Fé: acreditar no impossivel

Conhecendo bem esses conceitos passei meus dias a lutar, lutar contra o impossivel, anevoando a realidade com a densa esperança e usando a armadura da fé.
Anévoa se foi e raiou o sol, o sol que penetrou em seus olhos e sem teoria alguma nos distanciou, lutei para fechar os seus olhos que em cada piscar aumentavam minhas esperanças, seus olhos no entanto permaneceram abertos.
Como posso tapar o sol?
Como vou fechar teus olhos?
Penso.. E enquanto isso, luto, estico meus braços e tudo que sou para achar em ti alguma sombra.. Algum resquicio de mim.


''... Deixe-me chorar este poema pra você enquanto os Portões do Paraíso fecham
 Pintar-lhe minha alma, cheia de cicatrizes e solitária
Esperando por seus beijos para me levar de volta pra casa...''



segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Esperança e seus delírios III

O amor,
Clichê cansado de ser relatado, porém nem um décimo descoberto
Oposto do ódio;
Uma fina pelicula facil de vibar os separam, podendo alterar com as decisões, as palavras, agentes externos, o vento.
A dependencia, a pelicula oscilante, parte existencial da matéria.

Amamos depender,
Odiamos depender,

Mas de que me vale então relatar pensamentos sobre o eu interior se pensamentos são furacões incontroláveis e imprevisiveis, conténdo no centro não o eu, mas sim, os outros?!

Egoísmo, amor, ódio, dependencia, outros, eu.

Um louco devaneio, só é sabio para os amantes.



''O tempo é muito lento para os que esperam
Muito rápido para os que tem medo
Muito longo para os que lamentam
Muito curto para os que festejam
Mas, para os que amam, o tempo é eterno.''
-William Shakespeare

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Flammes

''Em algum lugar a fraqueza é nossa força
Eu vou morrer procurando por isso
Não posso me arrepender,
Tanto egoísmo.
Minha dor e os problemas causados
Não importa quando tempo
Eu acredito que há esperança
Enterrada embaixo de tudo
E escondida embaixo de tudo e
Crescendo embaixo de tudo
Uma lembrança permanece
Apenas uma pequena faísca
Eu dou todo o meu oxigênio
Para que as chamas comecem
Então deixe que as chamas comecem ''
Chamas;
Criam a divina magia de luzes que dançam, dançam consumindo graciosamente cada  partícula viva ou não, envolvente ao extremo e perigosa, e completando um clichê: dotada de beleza.
Absurdos de paradoxos a formam, cheia de calor em um passo já no fim da pirueta congela, porém em toda a musica se mantém firme com a ponta dos pés calçadas em sapátilha de dor.
Fundi pranto á expressões de sorrisos, gritos á gemidos, brilho da alma ao medo.
Cinzas;
Dão vida e morte as chamas.
''The darkside os the flames'
''The grayside''

Cada palavra entoada pertence à um conjunto lógico diferente do real.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Devaneio contínuo

I just want 
to hold you 
in my arms.

''...Quando se calaram os meus lábios e descansei meu coração em um doce embalo e alento, em meio a todo frio da nevasca que congelava os sentidos, um arfar quente abalou-me em meio a esta prisão, entrando como se nascesse para guiar perpetuamente.


Esse arfar quente liberou em mim um ar direto as narinas, um novo sopro de vida então passou por entre meus pulmões e revirou tudo o que até então pensei conhecer algum dia.


Meus olhos até então fielmente costurados, se afrouxaram, tremi, mantive-os fechados enquanto sentia minha alma experimentar algo novo cujo nome e propósito ainda me é desconhecido, meus braços se ataram mais quase se fundindo.


Perdi-me em mim quando então fui encontrada por outro alguém....''

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Esperança e seus delírios II



Fechei os olhos.
Acordei com seus lábios nos meus
Tudo ficará bem

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Onde a vida sem vida se encerra

Uma pedra termina a história
Onde a vida sem vida se encerra
Tentei esperar, tentei lutar, mas não pude vencer





Os meus sonhos não vão morrer
-ofg3 

Ao seu lado, não mais.

A luta não é por mim
e sim
as feridas marcadas são em meu corpo
vou deixando então
o desdém se instalar
e não
Não sinta saudade
esqueça a vaidade
não precise de mim
me deixe e assim a liberdade
desejada a muito, terá
para perder a verdade
não mantenha algo puro
como um muro
somente para guardar
toque o sonho
voe
mas não leve meu olhar 

Minta, se esconda
volte ao vazio

e talvez
possa descobrir rapido
que perdeu a segurança
e por fim

não estou mais
ao seu lado.





'Abro os meus olhos já é de manhã
À noite é menor cada dia
Os dias às vezes parecem iguais
A guerra é minha rotina

Peço forças
Pra continuar
Peço forças
Prá poder lutar

Luto pra sobreviver
Com os olhos voltados pro céu
Espinhos me fazem sofrer
Resisto na luta com a graça de quem já venceu'

oficina g3- continuar

sábado, 2 de janeiro de 2010

Esperança e seus delírios


A noite trás o silêncio e a ausencia de sua voz como canção leva ao desespero meus ouvidos e coração.
Lábios jogados lentamente ao descanso do descaso são os meus, frios lábios a espera dos seus.
Braços desestruturados, sem força, sem vida, sem nenhum motivo para mudar isso.
Mas o coração bate
Bate frenéticamente se opondo a desesperança da espera, funcionando como voz chamando por seu nome a cada pulsar.
Olhos abertos usando a fé para ver sua presença se aproximando.
_Ele vai chegar.
Dizem meus ossos, e eu somente acredito.

''...
Mas não tem revolta não
Eu só quero que você se encontre
Ter saudade até que é bom
É melhor que caminhar vazio
A esperança é um dom
Que eu tenho em mim
Eu tenho sim
Não tem desespero não
Você me ensinou milhões de coisas
Tenho um sonho em minhas mãos
Amanhã será um novo dia
Certamente eu vou ser mais feliz

...''
Sonhos- Peninha