sexta-feira, 9 de abril de 2010

Capítulo VII- Bálsamo

O vento e o frio que outrora como protagonistas tentavam me invadir, agora aparecem como coadjuvantes em pequenas porções dadas pelas frestas do contorno do corpo de Lopus a cobrir-me.
Porém enquanto Lopus estivesse sensitivo ao meu rendor, nenhum outro fator tiraria meus pés das nuvens.
‘’O seu amor é como balsamo
Percorre pelo meu corpo desinflamando toda ferida
Tirando as impurezas que um dia me perturbaram
Livrando-me de todo pesadelo e fazendo que eu viva num sonho contínuo
Seu abraço tira de mim toda dor
Tapa todo buraco que tenho em meu peito
Não posso mais viver sem ti
Sem me sentir completa, sem te amar
Se sou sua lua, seja o meu mar
Para que possamos sentir saudade durante o dia
E toda noite nos encontrarmos
Que sua imagem seja sempre refletida em mim
Olhando nos seus olhos eu possa todavia me ver
Sentir a melodia de sua pulsação
E viver de noites sem fim.’’
Em meu ser a certeza de que nada mais era igual a pele de Lópus que envolvia meu corpo não apenas o aquecendo e mantendo-me sã, mas como balsamo tocando as feridas que por fora causaram a mim, e passava por minhas veias, passava por meus olhos dando relances dourados que como lágrimas de ouro escorriam por entre minha face e morriam em meu pescoço deixando em minha boca um doce gosto longe de qualquer amargura que algum dia minh’alma teria experimentado.

Um comentário:

  1. Você escreve muito bem! Parabéns! ;D
    Vou te seguir, hein?!

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