terça-feira, 31 de março de 2009

esperança


A cada batida do relógio, um rastro de minha profunda dor atormenta minha alma
Estivera tudo bem a um segundo atrás, enquanto eu dormia
Mas agora, volto a rasgar meu peito, meu pranto vivente
Planto meus pés nesse solo, não há como fugir, devo encarar
Que cada momento nessa vida, trás a insatisfação
de minha vitalícia dor
da sua rotineira incompreensão

parte de mim, levando minha alma, minha paz, e minha cor
Vivo cada noite pálida, como antagônia de meus dias

No fio oscilante dessa minha esperança

terça-feira, 24 de março de 2009

proteção





Tão macia quanto veludo, posso passar a vida em sua pele, passeando em todas as suas linhas, e decorando-as, sentindo a temperatura do seu corpo aquecer o frio do meu, tremula me atiro à você, esperando que seu calor vá passear por cada milímetro de minha pele trazendo conforto
e proteção.

segunda-feira, 23 de março de 2009

recomeço


Seus braços me envolveram, aquecendo cada parte do meu corpo, mas não meu coração,ele estava recém fechado, conservado no gelo. Seus olhos abertos e esperançosos me pediam palavras, e eu só podia lhe dar minhas lágrimas, as palavras se formavam e iam se encaixando em minha traqueia, e de lá para os meus olhos, enquanto minha boca trancada antagonizava meu coração, totalmente aberto, retalhado e sangrando. Essas palavras que tanto insistiam em sair do modo errado, eram a resposta de tudo que você me falava, transforme cada uma delas na frase que você tanto anseiou ouvir, era isso que elas estavam tentando lhe dizer, eu nunca pensei que fosse difícil, e fizesse doer, dizer: eu te amo.

terça-feira, 17 de março de 2009

Prelúdio



Procurei seus olhos frios como um viciado em abstinência, mesmo sabendo que congelaria dos pés a cabeça, eu precisava fita-los, penetrar em sua mente, embora a sensação dos seus olhos fosse de total oclumência e que eu que me sentia invadida quando eles decidiam me olhar.

terça-feira, 3 de março de 2009

(?)


Eu odeio ele, odeio como eu explodo e como eu choro desesperadamente todo o tempo, odeio não conseguir esquecer o rosto dele e como a lembrança de um sorriso passa como uma navalha em meu corpo por todas as direções, odeio lembrar da voz dele e do olhar dizendo que me ama, odeio sentir que ele é os meus ossos, a única coisa que me mantém de pé, eu odeio me sentir confortável nos braços dele e não querer sair dalí nunca, eu não suporto a idéia de perde-lo algum dia, eu odeio o quanto ele mudou a minha vida me tornando mais vulneravel, odeio ainda mais ser dependente dele, precisar que ele sorria pra me sentir feliz, e só bastar um olhar triste para me fazer a pessoa mais deprimida. Odeio tudo isso, odeio a existência dele, a importância na minha vida, odeio mais ainda a mim, por não conseguir me manter longe dele e nem querer isso.

lágrima de sangue


Frio, é tudo que eu sinto, não enxergo, não respiro, não vivo, só sinto frio. Flashs de memórias passam em minha mente, e a cada lembrança uma placa de gelo é adicionada a mim, para cada sorriso dado, uma lágrima de sangue.

domingo, 1 de março de 2009

aceitar



Eu sei como você se sente agora, imundo, esperando que algo divino te limpe, não basta só esperar, você tem que agir, não vale nada ficar sentado num canto chorando e passando as mãos em suas feridas, isso não vai te curar, nada alivia sua dor, nada cicatriza mais rápido suas feridas nem sara seus hematomas, é o que parece. O céu está vermelho, simbolizando o sangue que já foi derramado por você, você não precisa mais sentir tudo isso, seu cordeiro já foi morto seus pecados pagos e já levaram toda sua dor, aceite e seja livre.