terça-feira, 29 de setembro de 2009

dois rios


'E o meu lugar é esse, ao lado seu, meu corpo inteiro;
Dou o meu lugar pois o seu lugar é o meu amor primeiro;
O dia e a noite,
as quatro estações;

Que os braços sentem,
e os olhos vêem
eos lábios sejam
dois rios inteiros

sem direção'

all the same




Eu não me importo de onde você vem, desde que você venha até mim;
Eu não gosto de ilusões, não posso vê-las claramente;
Não me importo, não ousaria corrigir o errado em você;

Eu não me importo, não ligo,
desde que você esteja aqui;

Diga-me que você partirá novamente
e simplesmente voltará correndo,
segurando o coração com cicatrizes na mão;
É sempre a mesma coisa,
e eu te aceitarei pelo que você é se você me aceitar por tudo;
Faça isso tudo de novo, é sempre a mesma coisa;

Horas deslizam e os dias passam até você decidir vir,
e nesse meio tempo sempre parece demorado;

Eu tenho a habilidade, sim, eu tenho a vontade
de respirar você enquanto eu posso;
O tempo que você ficar é tudo o que eu sou;

Errado ou certo, preto ou branco,
se eu fechar meus olhos, é a mesma coisa;
Na vida o acordo, eu fecho meus olhos
e é a mesma coisa;



quinta-feira, 24 de setembro de 2009

braços abertos


''Seus braços abertos
ignoram minha ingratidão.''

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

expectativas

Sonhe, acredite, espere, troque o peso das pernas, se sente, encoste, olhe as mãos, as unhas, enrole mechas do cabelo, leia, repare em cada milímetro a sua volta, filosofe os porquês, se deite olhando o céu, troque de lado, pense em alguém, resgate lembranças, reviva momentos em sua mente, crie memórias, lute com o sono, deixe-o ganhar do tédio, descanse da realidade, durma, Sonhe.


'' Todos os dias quando acordo, não tenho mais o tempo que passou...'
-L.Urbana

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Cinza



Meus dias são cinzas, como o tempo em uma bela harmonia hoje está representado. Cinza, como a junção de cores básicas e fundamentais, mas mesmo assim, por sí, posto de lado.
Alguns gostam de cinza, sem 'porque', já outros não gostam, acham sem graça, uma cor definida como vazia.
Afinal, o que você é internamente não reflete externamente?
Cinza sou eu, eu sou cinza; um monótono, vago, e de interpretação complexa.
Poderia eu, ser de cor vivída e saturada, ou totalmente escura e forte, cores fáceis de ligar a emoções, mas sem escolher, pintei-me de cinza tão intensamente que um sem o outro, já não existe.
Talvez o cinza, traga reflexão. Prefiro a idéia do esconde-e-mostra, sendo junção de luz e trevas, te confunde, causando um certo mal-estar a quem tem segredos e covardia.
Cinza, é apenas, cinza;
Eu, sou apenas, eu;
Monótonamente apreciada por poucos sábios-loucos.


ópio


Vidros embaçados, um velho grunge acústico e melódico te embalam nesta suposta solidão, seus pés balançam marcando o compasso em que as pancadas de chuva acertam o carro. O celular a sua frente parece esperar, mas sabe que só vai esperar. O sono embala seus sentidos ao ópio, flores vermelhas, alaranjadas, rosas-maravilha, e azuis, brilham num campo, o sol, o vento, a liberdade, roda-gigante, palavras nas nuvens, violinos e violão, por-do-sol, a volta. Seus pés balançam marcando o compasso que o velho grunge acústico e melódico , marcando as pancadas de chuva que acertam o ópio nesta suposto carro que nos vidros embaçados, a solidão embala.

sombras


Sombras
, nos perseguem quando há luz;
Sem rastros, sem chão, sem provas, sem vultos;
Tudo então é uma só sombra compacta, percebo então que não é a falta, mas sim o excesso.
O discernimento só vem a medida que se conhece os dois elementos de contraste.
Sua sombra, me trouxe a luz.
A perseguição se torna parte necessária.
Abstinência de luminosidade tira de nós, esse privilégio.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

porque, você?



Nossa felicidade esvai-se por entre meus dedos abrindo cortes, os quais nenhuma feliz lembrança cura;
Tua indiferença escorre pelos meus olhos, atingindo minh'alma e secando, o amor;
Mentiras, medos, tentativas, raiva, e saudade fluem para além do pensar;
Caiu em um abismo, onde nenhuma canção, sonho, sentimento ou tragédia me tira;
Prove a cada dia que toda essa circunstância é obra do momento, e que ainda posso contar com o seu colo, e doce alento;
Ou terei que agonizar-me todo instante, como o que mato dentro de mim, berrando a cada palavra oculta que não quer morrer assim, sem motivo;
Nossos dedos antes entrelaçados, fortes e quase fundidos, se soltam por pressões opostas, só nos resta um toque de esperança;
O por vir está em sua palma, AGORA escolha o largar ou soltar, passei tempo demais em desequilíbrio, temo cair insensível;
Escolha um caminho único, e jamais olhe para trás;
Agarre-se a ele, e que seja ele como o teu fundamento, através da jornada da vida.


'... Cadê você? Quem diz pra mim?
Não sei porque,
não sei pra que
tudo foi correr assim..
Não vai mais tentar

enquanto na verdade
tem medo de lutar, eu sei. ..
Porque você faz sofrer,
quem mais te ama,
quando te vê?!...'

-3l