quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Inesperada Espera'

''Longe de você eu enlouqueço muito mais
Eu vivo na espera de poder viver a vida com você
Vejo pessoas sem saberem pra onde o mundo vai
Eu conto as horas para estar com você
...
Quando eu te vejo eu começo a sorrir
Eu começo a sorrir''
                   -Charlie Brown Jr.
 
 
   Passaram-se 4 anos.
  O humor continuou o mesmo, os interesses.. Guardados a sete-chaves, nostalgia, rir dos erros, as chaves começaram a ser usadas e os segredos a saltarem atingindo em cheio aquele antigo ponto fraco, era inevitavel, conhecidos tão desconhecidos querendo por fim conhecer o que era aquilo, algo novo e velho, ardente e sóbrio, impossivel de ser ignorado.
  A cidade cinza tinha um brilho diferente aquela manhã, o sol, os prédios imensos, pareciam tão pequenos perto daquela garota com a esperança maior que o mundo.
  As ruas formavam labirintos e ela tropeçava em seus próprios pés, porém seu coração a fazia dançar e levantar, ele já estava lá.
  Finalmente, à somente um farol de distancia, porém, os olhos não esperam o verde e se cruzam antes, ela suspirou, atravessou a rua e ele já estava dando passos em sua direção, os carros passavam enlouquecidamente, buzinavam, toda a cidade antes agitada agora sumia alí, debaixo dos pés dela, enquanto ele a tomava em seus braços firmemente provando pra sí que era real, e depois de muito tempo de prantos ela sentiu algo crescendo dentro de sí, veio da alma e iluminou-a instantaneamente um tão esperado sorriso, ele estava alí com ela, inesperadamente e esperado, as palavras demoraram a vir vingando-se do tanto que tiveram que esperar, afinal lhes era justo, os lábios então resolveram se juntar e fazer greve com as palavras, afinal esperaram igual.
  O dia correu, ela pensou que deveria também estar intrigado com eles e com tanta espera, mesmo que rápido aos olhos deles não ousou roubar nenhum segundo de lembrança.
  A dança não saíria tão cedo dos pés dela, nem o sorriso, nem a esperança, e menos ainda a vontade de o esperar, a dificuldade se dissolvia perto da imensidão do que ele havia dado a ela, não apenas sorrisos, mas ele tinha desenterrado de dentro dela a alegria, definitivamente valeria a pena. 

2 comentários:

  1. Oh Floresta de concreto! Não é o sacro empíreo, mas as almas insistem em se buscarem e se encontrarem, se iludirem, recomeçarem! E vivem eternamente momentos que breve suspiram no real.

    Gostei muito.

    ResponderExcluir