sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Sobre os meus (quase) 22 anos

  Não é muito tempo, a maioria das pessoas dariam risada dum relato "pseudo-adulto-com-muito-de-adolescente-e-criança-criada-pela-vó" e provavelmente seja exatamente isso, não tenho vergonha nenhuma de admitir a fase em que vivo porém esse é um relato do que já passou, talvez um balanço, talvez um "deixar pra trás", de qualquer forma pela liberdade que me cabe eu vou escrever.
  Não vou ficar aqui relatando todas as aventuras e desventuras do caminho, e que eu descobri que nem sempre você colhe o que planta (e isso é um choque), e que as vezes você ta tentando com todas suas forças alguma coisa e as pessoas que tentam te ajudar pedindo pra você tentar mais não fazem ideia do quanto tão te machucando sem saber que esse é seu máximo, por hoje não dá mais (mas eu juro que sou grata por vocês insistirem e amanhã continuo tentando).
  Se eu me dou o direito de em dias felizes fazer o que me vier a cabeça (literalmente), em dias nem tão felizes eu me dou o direito de chorar, não responder mensagem e comer qualquer doce que eu queira sem ter que me desculpar por isso.
  Acho que uma das minhas maiores descobertas dos últimos tempos é que relacionamentos não são recíprocos (o tempo todo, alguns menos que isso) e ta tudo bem, porque se permitir ter um relacionamento (de amizade ou qualquer outro tipo) já é se abrir de alguma forma e cada um tem sua limitação e cabe a nossa sinceridade um com o outro, achar o equilíbrio. E que sempre, SEMPRE tem alguém que se importa enquanto a gente chora ou se lamenta olhando o próprio umbigo (o que também não é errado, afinal, o umbigo é nosso).
  Descobri também que existem coisas insuperáveis na vida, eu nunca vou estar pronta pra aceitar a morte do meu pai, eu vou sentir falta dele todo dia (mesmo que já se tenham passado quase 14 anos) mas a falta vai ficar mais latente quando "coisas importantes" acontecerem e eu precisar daquele apoio, ou bronca, ou olhar... E que eu vou usar algumas lembranças de formas repetidas tantas vezes que eu nem sei mais contar pra suprir essa falta enorme (e bota enorme nisso) e imaginar como seria.
  Que eu tenho um limite de tentativas e não preciso me julgar por isso, que tem gente que não gosta de mim e eu não tenho que tentar mudar isso (fazeroque), que eu gosto de me doar (mesmo sabendo a maioria das vezes que não vai ter volta).
  Que depois de ter meu momento sentimental (leiam: drama) eu vou sempre lutar com todas as minhas forças (por vezes até físicas) pra conseguir o que eu quero (mesmo que até eu duvide da minha capacidade algumas vezes) e que a vontade de vencer sempre vai ser maior que o medo de tentar (e superar uns traumas, como o de altura e ficar de ponta cabeça ioihahasiosa).
  Que as pessoas são mais legais quando eu paro de olhar elas no meu contexto e tento aceitar e compreender o ponto de vista delas do particular pro todo (e tem pessoas MUITO, MUITO interessantes, que inspiram, afinal, sendo bem clichê, cada pessoa é um universo e eu amo viajar).
  Acho que tô mais tolerante, mais afetiva (ou demonstrando mas isso), acreditando MUITO, mas ABSURDAMENTE MUITO mais em mim, e me dando mais chances sem rigidez.
  E a fé? Continua aqui, mudou em sua forma mas o material é o mesmo, nunca terei como negar na vida que a graça é meu fundamento pra prosseguir.

  E pra você que leu até o final, você deve me amar IHASIHOOAHIAS, meus agradecimentos.

THE SHOW MUST GO ON

Um comentário:

  1. Você está no caminho certo e continue sempre acreditando em si mesmo. Engate a mente na sua boa estrela e reconheça que a sua luz interior a conduzirá sempre para cima e para frente. i.g.a

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