segunda-feira, 2 de agosto de 2010

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23 de Agosto de 1782, Northampton.



Meu caro S.


  Poderia começar escrevendo essa carta dizendo o quanto aqui é belo, mas a verdade é que não pude contemplar nada ao meu redor, mantenho-me de olhos fechados pois assim tenho tua face diante de mim e a dor da saudade expira quase que por um segundo, porém a ausencia de teu cheiro a acentua.
  A falta de sua pele e seu calor faz-me plácida, meus olhos tão somente, quando abertos liberam faíscas de lembranças em cada pulsar tornando-me viva.
 Não sei se retornarei, nem aonde meus trôpegos passos de criança me levarão, vou para onde minha mente infinda me encaminhar, viverei, pois um dia em mim fora injetado o amor e agora, mesmo pós fim o guardo com todas as memórias em minha alma, demonstro isso em meus sorrisos, eles me aquecem, pois foi contigo que aprendi a sorrir.
  Por vezes me exponho ao sol, deito ao chão e jogo meus braços ao vento, brinco que o abraço, dançamos, brigamos, rolamos, te sinto em cada parte de meu corpo e lembro-me de quando fazia frio, me embolava em teu corpo quente e eramos crianças, somos jovens e enquanto mantermos um ao outro vivo, seremos pra sempre e felizes.
  Amo-te, beijos.
                            L.
 
 

Um comentário:

  1. Achei tão lindo *_*
    Acho tão lindo tudo o que você escreve, Sam :3
    Parabéns, de verdade

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